Ana
Patrícia
Vôlei de Praia
@patisramos
Início
No dia 29 de setembro de 1997, em uma cidade de pouco mais de 30 mil habitantes, nascia em Espinosa, Minas Gerais, Ana Patrícia Silva Ramos. Durante uma edição dos jogos escolares de 2013, quando ainda jogava handball, uma menina de estatura avantajada chamou a atenção do professor Augusto Figueiredo.
"Parceiros como a MRV constroem as pontes que nos ligam aos nossos sonhos. Transformam nosso suor do dia a dia em combustível para conquistar o mundo. Vamos juntos em busca do sonho!"
A potencial atleta que o professor viu em Ana já virou um convite para um teste na seleção mineira de vôlei de praia. Rapidamente aprovada, acabou indicada para jogar vôlei sob as orientações do técnico Giuliano Sucupira, em Betim (MG). E assim veio um dos primeiros desafios: convencer seus pais a deixar a pequena cidade que viviam em busca do sonho da filha.
"Quando eu comecei, eu insistia para fazer os testes, mas isso onde eu morava era fora da realidade. Não tinha time, eu treinava com meus amigos e colegas. Foi uma questão de sorte e muita determinação. O primeiro desafio que eu precisei vencer, foi convencer meus pais a se mudarem para Betim. Eu lutei para isso."
Resultado
Os resultados de Ana no vôlei não demoraram a aparecer. Com uma velocidade surpreendente, a atleta de altura avantajada, rapidamente aprimorou seus fundamentos, se preparou tecnicamente numa velocidade fora do comum.
Ainda adolescente, foi campeã mineira sub-21 e do adulto de vôlei de praia. Além disso ficou em terceiro lugar no Brasileiro sub-23.
Com 4 arrasadores meses jogando vôlei de praia, Ana foi chamada para treinar no centro da modalidade em Saquarema (RJ). Chegou à prata no Brasileiro sub-23 e ficou em nono lugar no Mundial sub-19.
Nos Jogos da Juventude, na China, foi colocada ao lado da sergipana Duda, bicampeã mundial sub-19 e com experiência em muitos campeonatos. Juntas, as duas mostraram força de vontade. Saíram atrás na grande final, viraram o jogo e conquistaram a medalha inédita para o país.
“Por ser um dos meus primeiros campeonatos internacionais, minha primeira final mundial, fiquei bastante nervosa. O primeiro set a gente perdeu, eu senti um pouco o nervosismo. O segundo a gente ganhou e o terceiro a gente começou perdendo, mas ali subiu uma chama em mim que eu não ia perder de jeito nenhum e a Duda também acreditava.”
Bullying
Ser diferente do padrão é quando o bullying vira uma realidade. Segundo alguns especialistas no assunto dizem, trabalhar duro e encontrar uma motivação interior, ou algo que te dê forças para sair dessa situação, são algumas formas de superar esse "desafio" tão nocivo.
Por conta da altura, Ana sofreu bullying na escola. Foi um período bem difícil, e querendo ou não, alguns resquícios desse bullying são levados para a vida adulta. Seguindo o que os especialistas dizem, Ana pegou tudo que sofreu durante seu período escolar, e transformou em motivação para atingir seus objetivos. O vôlei acabou mudando alguns pensamentos que ela tinha e ajudou com sua realização pessoal. Passar por isso e conseguir vencer, monstra o quão transformadora ela foi evoluindo não só como profissional, mas também como pessoa.
Sonho Olímpico
Uma das primeiras representantes mineiras a garantir a possibilidade de uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a atleta de Espinosa, recebeu no fim de 2019 a confirmação de que estará presente, pela primeira vez, no maior evento esportivo do mundo.
Ao lado de sua parceira Rebecca, Ana teve uma temporada de sucesso, com bons resultados que a deixou cada vez mais perto de seu sonho. A dupla conquistou duas etapas do Circuito Mundial, e ficaram em segundo em uma oportunidade e em terceiro em outras três.